JOVEM RICO



O JOVEM RICO E A PERFEIÇÃO



TEXTO

"E eis que alguém, aproximando-se, lhe perguntou: Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: Por que me perguntas acerca do que é bom? Bom só existe um. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos. E ele lhe perguntou: Quais? Respondeu Jesus: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho; honra a teu pai e a tua mãe e amarás o teu próximo como a ti mesmo. Replicou-lhe o jovem: Tudo isso tenho observado; que me falta ainda? Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me." (Mateus 19.16-21)


INTRODUÇÃO

O conceito que o jovem rico tinha do cumprimento da Lei era equivocado. Ele afirmou ser um homem que zelava pela Lei e um dedicado cumpridor dela.


1. O CUMPRIMENTO DOS MANDAMENTOS

Jesus estabelece uma condição para que o jovem pudesse ter a vida eterna: o cumprimento dos mandamentos. O mestre apresenta seis mandamentos, os quais deveriam ser cumpridos para o alcance da vida eterna, porém Cristo não demanda o cumprimento de todos os dez mandamentos nessa ocasião. Ele tinha um objetivo específico com Sua fala.


2. A ORDENANÇA DE JESUS

As ordenanças citadas são de caráter relacionamental, ou seja, tratavam da relação dos homens entre si. O jovem afirma ser cumpridor assíduo de todos os mandamentos abordados. Isso fazia dele um candidato em destaque para entrar na vida eterna, segundo, o que até então, tinha sido prescrito por Jesus. Entretanto, o Senhor apresenta mais um pedido: "vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; e vem e segue-me."

Se cumprida a última ordenança o jovem, pelas palavras de Cristo, seria perfeito. Ele, porém, se entristeceu muitíssimo e foi embora sem que vendesse os seus bens, desse aos pobres e seguisse a Cristo.


3. AMAR A DEUS E AMAR O PRÓXIMO

Primeiro Cristo expôs a necessidade dos mandamentos e do cumprimento destes, depois, o mestre apresentou o motivo pelo qual eles deveriam ser seguidos.

O antigo testamento traz dois mandamentos que se destacam entre os demais: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo" (Deuteronômio 6.5; Levítico 19.18). O Senhor Jesus diz que toda a Lei e os Profetas dependem dessas duas máximas (Mateus 22.37-40). Todo o arcabouço doutrinário e  orientador da antiga aliança tinha por base o amor. Deus se agradaria quando os mandamentos fossem cumpridos, mas, quando fossem cumpridos por amor a Ele. Deus não queria que os israelitas não adorassem outros deuses, guardassem o sábado, não invocassem o nome do SENHOR em vão e não fizessem e adorassem imagens de esculturas simplesmente pelo ato de se privarem; Deus queria que tais mandamentos fossem seguidos por um genuíno amor dos israelitas para com Ele. Semelhantemente, o SENHOR não queria que houvesse honra ao pai e a mãe, não matassem, não adulterassem, não roubassem, não mentissem e não cobiçassem somente porque deveriam fazê-lo. Os mandamentos apontavam para uma realidade maior, eles demandavam seus cumprimentos mas que estes fossem realizados por uma genuína honra e amor. A Lei não era constituída por cobranças frias.

Quando o jovem rico afirmou cumprir os mandamentos que se referiam ao trato do homem para com seus iguais ele demonstrou que zelava pela Lei; no entanto, quando foi ordenado a ele para deixar suas muitas posses o amor que ele tinha pelas riquezas bradou mais alto. Na verdade, o jovem tinha feito das riquezas o seu próprio ídolo, o seu próprio deus. Ele revelava que não amava a Deus sobre todas as coisas porque não pôde abnegar o que tinha. Logo, ele amava mais o que tinha do que a Deus.


4. IMPOSSÍVEL CUMPRIR A LEI SEM AMAR O PRÓXIMO

Sua debilidade no amor pleno para com Deus também revelava que o seu amor para com seu próximo não era fruto de um verdadeiro conhecimento e amor a Deus. A convicção do jovem de que ele amava o próximo como a si mesmo desmoronava. O cumprimento dos mandamentos citados era fruto de um legalismo.

A observância à Lei dependia do amor a Deus e ao próximo, sem isso os mandamentos poderiam até mesmo serem observados mas sem a essência necessária. Não agradaria a Deus. "[...] pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê." (1 João 4.20b).

Desse modo, o zeloso jovem rico deixou claro que não poderia ser perfeito. Ele, que achava, ser um excepcional cumpridor da Lei, se mostrou devedor em todos os pontos pois não possuía a base que sustentaria todos os demais (Tiago 2.10).


CONCLUSÃO

O intuito de Cristo foi revelar àquele jovem que ele não era perfeito e precisava de um Salvador. Ele precisava do Messias prometido a Israel.

Somente Cristo foi perfeito! Somente ele amou a Deus plenamente sobre todas as coisas e ao próximo como a ele mesmo! Ele cumpriu a Lei.


TEXTO: Wrias Santos.
EDIÇÃO E REVISÃO: Natannael Oliveira

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