CRISTO NOSSA PÁSCOA



CRISTO, A NOSSA PÁSCOA



TEXTO

"Geralmente, se ouve que há entre vós imoralidade e imoralidade tal, como nem mesmo entre os gentios, isto é, haver quem se atreva a possuir a mulher de seu próprio pai. Em nome do Senhor Jesus, reunidos vós e o meu espírito, com o poder de Jesus, nosso Senhor, entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor [Jesus]. Não é boa a vossa vanglória. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda? Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado.
Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade." (1 Coríntios 5.1,4-8).


1. PAULO E O PECADOR

Na igreja em Corinto houve um homem que estava tendo relações sexuais com a mulher de seu pai. Não é preciso se essa mulher era sua mãe ou sua madrasta, provavelmente sua madrasta, porém, é um elemento inconclusivo. Paulo foi informado desse episódio e reconheceu como algo abominável (versículo 1). Ele ordenou que o pecador que se deitava com a mulher de seu pai fosse expulso da comunhão da igreja. Esse homem tinha uma postura onde sabia do seu terrível erro, não se importava de isso vir a público e não demonstrava arrependimento ou mudança. Era um pecador inflexível.


2. O FERMENTO VELHO

A igreja em Corinto parecia estar pensando que não havia problema aquele homem agir desse modo e, além disso, pareciam pensar que eles eram fortes o suficiente a ponto de não serem afetados por essa situação. A comunidade alimentava sua "vanglória", a qual "não é boa".

O apóstolo tratou esse pecador, figuradamente, como um fermento velho. No versículo 8 Paulo diz que a comunidade não deveria manter o fermento velho em seu meio, nem, tampouco, o fermento da maldade e malícia. Isto posto, e tendo em vista que o pecador expulso foi tratado como fermento, podemos concluir que o fermento velho o qual o pecador foi chamado é um fermento maligno. O pecador era o fermento velho, que também era mau e maligno. Paulo, então, introduz um novo elemento. Ele diz que Cristo é nossa Páscoa.


3. A PÁSCOA E A SANTIDADE

O apóstolo Paulo está em um contexto de repreensão a um pecador. O que Cristo ser nossa páscoa tem a ver com isso?

Ele contrasta os cristãos à "massa", massa de pão (versículo 6). Isso faz alusão a festa judaica da Páscoa. Entre os elementos da comemoração judaica da Páscoa havia um cordeiro que era morto e assado, ervas e pão (Êxodo 12).

Anteriormente Paulo havia dito que o pecador era o fermento velho e trata isso como negativo (versículos 6-7). Depois ele cita que Cristo era o nosso cordeiro pascal e que os cristãos, sim, guardariam a festa da páscoa.

Mas como os cristãos guardariam a páscoa? Eles deveriam matar e assar um cordeiro de um ano, comerem pães asmos e ervas?

Não. O cordeiro perfeito já havia sido morto. Os pães os quais eles se fartariam seriam os da sinceridade e da verdade, ou seja, santidade.

A própria Páscoa apontava para Cristo e Nele ela encontra seu pleno cumprimento. A Páscoa (hebraico: pesach) significa "passagem". A ira de Deus "passou" por sobre as casas que tinham sangue de cordeiro aspergido nos seus umbrais; os israelitas foram libertados e "passaram" da escravidão do Egito para a liberdade; enfim, todo aquele que crê em Cristo tem a ira de Deus "passando" por sobre ele e "passa" da escravidão do pecado para a liberdade dos filhos de Deus.


CONCLUSÃO

Portanto, os cristãos festejariam a festa da Páscoa mas não como na antiga aliança. Para Paulo o guardar a páscoa na nova aliança era manter a massa (comunidade cristã) sem o fermento velho (pecadores inflexíveis), pois Cristo já era o cordeiro morto e, com santidade, a vida da igreja era uma comemoração pascal.

Autor: Wrias Santos

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